Quanc II
Depois de 2 dias sem postar nada...
Aqui vai mais um pedaço de quando a noite cai....
Acho que está ficando bom, enfase no acho.
Mithra aguardava pela colega em um café próximo ao hospital. Tudo bem que o conceito de próximo em Brasília era razoavelmente relativo...Um lugar onde "logo ali" correspondia a pelo menos 15 minutos dentro do carro. Enfim, pelo menos para gente como elas o café era perto o suficiente.
- Senhorita, seu pedido - o garçon colocava a sua frente uma fatia de brownie coberto com sorvete de creme e calda de chocolate.
- Obrigada, traga um água mineral por favor.
O rapaz anotou o pedido e saiu, deixando-a com sua sobremesa favorita. Mal tinha começado a comer, viu a pessoa que tanto esperara chegar e sentar-se a mesa, com ela.
- Olá Mercedes.
- Tudo bem Arlete.
As duas riram, não gostavam de seus nomes de antes, nomes comuns na opinião delas feios. Nomes que as lembravam de uma época onde não haviam sido tão felizes quanto agora.
- E então? Como foi com o garoto? - perguntou Mithra, entre uma colherada e outra da sobremesa. - E mais uma coisa: dá para esquecer desse nome horrível? Affe, ninguem merece isso não.
- Bem, hoje foi o terceiro dia, espero que seja o suficiente. Sabe como é, eu nunca tinha feito isso antes. - Disse Arísia, enquanto dispensava o garçon com um gesto.
- E isso, não vem meio, que sei lá...naturalmente para vocês?
- Para mim, pelo menos não, nunca gostei de brincar com a comida.
- Certo, mas e agora?
- Bem, se tudo sair como o planejado, amanhã a noite, a gente vai ter que invadir o necrotério do Hotel, digo do Hospital onde ele está internado, e retirar o corpo de lá.
- Maravilha, não quer mais nada não? Um chá, biscoitos talvez?
- Vamos lá Mit, não é tão ruim assim. Aliás por que você me apressou?
- Bem um passarinho me contou que os tios do garoto tinham acabado de chegar, e que estavam indo vê-lo, achei que de repente você não estaria preparada para encontrá-los. Assim no meio da noite, sem uma roupa apropriada.
- Seu amigo passarinho tem idéia se os caras são mesmo caçadores? - Ela parecia preocupada, não queria ver o garoto morrer pela segunda vez. Em um intervalo tão curto de tempo.
- Ele jura por todas as penas dele, que sim, eles são. Mas você sabe que o Juan, não gosta do Guilherme e muito menos aprova tudo isso.
- É eu sei...Isso é um problema que só vai me preocupar quando acontecer, por enquanto, vou fingir
- Ainda não, por que?
- Esqueceu do nosso pequeno compromisso?
- Na verdade não, apenas estou fazendo um lanchinho para evitar problemas, se é que você me entende.
- Claro que entendo.
- Façamos o seguinte então: eu vou buscar o Juan, lá no lago sul, e depois te encontro no mirante do Jardim Botânico. - Disse a vampira se levantando da mesa.
- Por mim tudo bem, devo demorar, se for o caso não me esperem.
- Como eu queria ter certeza que não ia ser necessária a sua presença. Até mais.
Enquanto a vampira se afastava Mitrha olhou por um instante pensativa para o doce. Sabia que o lance com o Juan seria extremamente complicado, o outro vampiro estava simplesmente possesso com a possibilidade de "dividir" por assim dizer, Arísia. E para piorar a situação tinha absoluta certeza que tinha sido ele que ensinara a amiga a criar um novo vampiro, e não poria a mão no fogo sobre a acuidade das informações.
Terminou de comer, pagou a conta e saiu do local. Procurando um lugar relativamente ermo para poder se transformar em lobo, não acreditava que algum dia pudesse ter problemas com alguém, mas já haveria morte suficiente por uma noite quando se encontrasse com os amigos.
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1 Comments:
Oi moça!!! Tou adorando o seu texto... dá uma passada lá no meu blog tb, muitos beijos!!!
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